Sindicato dos Técnicos
Industriais do Estado de São Paulo
Com a proximidade do processo de eleição nos Conselhos Regionais e Conselho Federal de Técnicos Industriais (CRTs e CFT), é essencial reafirmar o que a história já consolidou com muito empenho e luta: os técnicos industriais são profissionais com identidade, trajetória própria e direito legítimo à autogestão da sua categoria.
É com surpresa – e preocupação – que acompanhamos algumas pré-candidaturas a cargos de direção nesses órgãos que, em vez de exaltar a história e as conquistas do nosso grupo profissional, recorrem a títulos de engenheiros como argumento de qualificação superior para liderar os conselhos que devem ser, antes de tudo, expressão da organização dos técnicos.
Com todo o respeito à engenharia – uma profissão com a qual temos afinidades históricas no mundo do trabalho –, é necessário dizer com clareza: não se pode apagar a história nem deslegitimar as conquistas dos técnicos industriais.
Foi a partir da mobilização e da organização dos próprios técnicos que, 40 anos atrás, conquistamos a regulamentação da nossa profissão, por meio do Decreto nº 90.922/1985. Em 2018, outra importante vitória: a criação dos Conselhos Federal e Regionais dos Técnicos Industriais, que nos desvinculou do Sistema CONFEA/CREAs. Esse avanço consolidou o reconhecimento do nosso papel técnico, social e econômico no desenvolvimento do país, além de garantir espaço de representação própria, com foco nas reais demandas da nossa categoria.
Hoje, somos mais de 900 mil profissionais registrados em todos os setores da indústria, infraestrutura, serviços e tecnologia, exercendo funções fundamentais para o funcionamento e a inovação do Brasil. E mesmo assim, ainda enfrentamos tentativas de invisibilização e subalternização, inclusive dentro dos nossos próprios espaços institucionais.
É legítimo que os Conselhos de Técnicos sejam dirigidos por técnicos. Essa é a lógica da representatividade. O contrário disso é fragilizar o princípio da autogestão profissional e abrir brechas para a tutela de interesses alheios aos desafios reais que enfrentamos no dia a dia da profissão.
A FENTEC reafirma seu compromisso com a valorização dos técnicos industriais e a defesa intransigente da autonomia da nossa categoria. E chama os SINTECs, os CRTs e todos os profissionais comprometidos com essa missão a se manterem firmes na defesa de um sistema profissional que nos reconheça, nos represente e nos respeite.
Ninguém fará por nós o que só nós sabemos, podemos e devemos fazer.
Por Wilson Wanderlei Vieira, presidente da FENTEC e do SINTEC-SP
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Com a proximidade do processo de eleição nos Conselhos Regionais e Conselho Federal de Técnicos Industriais (CRTs e CFT), é essencial reafirmar o que a história já consolidou com muito empenho e luta: os técnicos industriais são profissionais com identidade, trajetória própria e direito legítimo à autogestão da sua categoria.
É com surpresa – e preocupação – que acompanhamos algumas pré-candidaturas a cargos de direção nesses órgãos que, em vez de exaltar a história e as conquistas do nosso grupo profissional, recorrem a títulos de engenheiros como argumento de qualificação superior para liderar os conselhos que devem ser, antes de tudo, expressão da organização dos técnicos.
Com todo o respeito à engenharia – uma profissão com a qual temos afinidades históricas no mundo do trabalho –, é necessário dizer com clareza: não se pode apagar a história nem deslegitimar as conquistas dos técnicos industriais.
Foi a partir da mobilização e da organização dos próprios técnicos que, 40 anos atrás, conquistamos a regulamentação da nossa profissão, por meio do Decreto nº 90.922/1985. Em 2018, outra importante vitória: a criação dos Conselhos Federal e Regionais dos Técnicos Industriais, que nos desvinculou do Sistema CONFEA/CREAs. Esse avanço consolidou o reconhecimento do nosso papel técnico, social e econômico no desenvolvimento do país, além de garantir espaço de representação própria, com foco nas reais demandas da nossa categoria.
Hoje, somos mais de 900 mil profissionais registrados em todos os setores da indústria, infraestrutura, serviços e tecnologia, exercendo funções fundamentais para o funcionamento e a inovação do Brasil. E mesmo assim, ainda enfrentamos tentativas de invisibilização e subalternização, inclusive dentro dos nossos próprios espaços institucionais.
É legítimo que os Conselhos de Técnicos sejam dirigidos por técnicos. Essa é a lógica da representatividade. O contrário disso é fragilizar o princípio da autogestão profissional e abrir brechas para a tutela de interesses alheios aos desafios reais que enfrentamos no dia a dia da profissão.
A FENTEC reafirma seu compromisso com a valorização dos técnicos industriais e a defesa intransigente da autonomia da nossa categoria. E chama os SINTECs, os CRTs e todos os profissionais comprometidos com essa missão a se manterem firmes na defesa de um sistema profissional que nos reconheça, nos represente e nos respeite.
Ninguém fará por nós o que só nós sabemos, podemos e devemos fazer.
Por Wilson Wanderlei Vieira, presidente da FENTEC e do SINTEC-SP
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